Bryan Cranston, conhecido por ser Walter White na série Breaking Bad, interpreta Dalton Trumbo, um roteirista de Hollywood que fora perseguido pelo macartismo no anos 40 e 50.
Desta vez imergindo no drama, o diretor Jay Roach, que antes fez comédias bem sucedidas como a trilogia "Austin Powers" e os dois primeiros "Entrando Numa Fria", consegue demonstrar um excepcional empenho, especialmente com os planos. Outro ponto positivo é o ator Bryan Cranston, que apresentou-se brilhante (bateu até um saudade do Heisenberg).
Entretanto, como nem tudo é perfeito, o roteiro não é muito bom. Roteirizado por John McNamara, seu trabalho mostra personagens planos, que acaba por deixar a história um tanto maniqueísta (os comunistas "pobrezinhos" contra os capitalistas "opressores"). Todavia isso não chega a estragar a trama, pois mesmo assim é notável a injustiça que era a caça contra quem os ajudou a vencer a 2ª Guerra.
Macartismo
Na imagem, um americano carrega uma placa com a frase: "O único comunista bom, é um comunista morto" |
Trumbo
James Dalton Trumbo (1905 - 1976) foi um dos maiores roteiristas de Hollywood das décadas de 1940 e 1950. Durante os anos 40 chegou a ser um dos mais bem pagos da cidade do cinema. Iniciou seu ofício de roteirista em 1936, cumprindo seu encargo até 1973.
Dalton Trumbo e sua máquina de escrever |
Depois desse tempo tenebroso, Trumbo se mudou com a família para o México, onde continuou a fazer seu trabalho sob pseudônimos ou vendendo seus roteiros a outras pessoas.
Suas histórias mais conhecidas foram "A Princesa e o Plebeu" (1953), dirigido por William Wyler (Ben-Hur) e estrelado por Audrey Hepburn e Gregory Peck; "Arenas Sangrentas" (1956) de Irving Rapper; "Spartacus" (1960), dirigido por Stanley Kubrick ("2001: Uma Odisseia no Espaço", "Dr. Fantástico") e produzido e estrelado por Kirk Douglas; "Exodus" (1960), dirigido por Otto Preminger ("O Rio das Almas Perdidas", "O Homem do Braço de Ouro", "Anatomia de Um Crime") e estrelado por Paul Newman; e "Johnny Vai a Guerra" (1971), dirigido pelo próprio Trumbo.
Dentre seus longas, apenas ganhou dois Oscars: um por "Arenas Sangrentas" em 1975 e um póstumo em 1993 por "A Princesa e o Plebeu". Dalton morreu em 1976 de ataque cardíaco aos 70 anos.
Bryan Cranston como Danton Trumbo |
Trumbo, portanto, é um filme incrível e que fala sobre um assunto pouco retratado na sétima arte, o qual deveria ganhar mais filmes.
Obs.: O longa concorreu esse ano ao Oscar de Melhor Ator para Bryan Cranston, apesar de não ter vencido.
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